sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Suspeita de agenciar travestis para exploração sexual em SP é presa



Ela vai responder também por um crime que tem se multiplicado: o tráfico de pessoas. Travestis do Norte e Nordeste recebiam promessas de dinheiro e cirurgias, inclusive para mudança radical de sexo.

A polícia prendeu, esta semana, uma mulher suspeita de ser a principal agenciadora de travestis do Norte e do Nordeste para exploração sexual em São Paulo. Ela vai responder também por um crime que tem se multiplicado: o tráfico de pessoas.
Ela não quer mostrar o rosto e não revela seus nomes. Nem o oficial, masculino, nem o que usa como travesti. Só conta que veio do Amazonas para trabalhar como prostituta em São Paulo. Tudo foi tratado por telefone.


Minha vida ia melhorar e iam transformar meu corpo no corpo de uma mulher, iam me dar formas femininas”, conta.
A realidade foi uma dívida de milhares de reais, pela passagem de avião e outras supostas despesas, e uma dura rotina, fazendo programas e entregando todo o dinheiro. Depois de três meses, conseguiu fugir e recebeu proteção de um serviço especializado, que funciona no terminal rodoviário do Tietê.

Ela estava amedrontada, se sentindo perseguida, nos narrou que havia um homem perseguindo ela”, 

conta Sandra Penteado, da Comissão de Direitos Humanos de São Paulo.
O serviço, da prefeitura de São Paulo, tenta identificar vítimas de tráfico de pessoas. Ligado a mais de mil destinos diferentes, o terminal é um ponto chave nos destinos de muitas delas.
Histórias como a registrada são bem comuns. Principalmente quando se trata de tráfico de pessoas para prostituição local, sem ligações internacionais. A maioria dos casos registrados em São Paulo envolve travestis e promessas. De dinheiro e de cirurgias, inclusive para mudança radical de sexo.
Criado a partir de um plano do governo federal, o Núcleo de Enfrentamento do Tráfico de Pessoas já acolheu adolescentes e até crianças operadas. Mas segundo a secretária de justiça paulista, Eloisa Arruda, as denúncias ainda são poucas. O medo e a pobreza falam mais alto.

Nós não temos uma exata noção desta realidade. Até porque nem sempre a pessoa se enxerga como vitima. Nós temos casos de pessoas que até morreram na mão de aliciadores e de exploradores”, conta Eloisa.

Assistam o vídeo. É só clicar na imagem.
















Fonte: G1 

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