Tribunal de Justiça aprovou norma que obriga todos os
cartórios a registrarem casamentos civis. Na maioria dos estados, falta de lei
federal ainda causa prejuízos. Todos os cartórios do Estado de São Paulo terão de habilitar
obrigatoriamente homossexuais para o casamento civil. O Diário Eletrônico da
Justiça publicou na terça-feira, 18, alterações nas Normas de Serviço da
Corregedoria-Geral que aplicam ao casamento ou à conversão de união estável em
casamento de pessoas do mesmo sexo as regras exigidas de heterossexuais. A
medida entra em vigor em 60 dias.
“Agora todos os cartórios têm de acatar, porque alguns não
faziam. O pedido precisa ser feito judicialmente. Agora os cartórios, queiram
ou não, têm de aceitar. Os casais não precisam passar antes pelo união estável,
assim como um casal homem/mulher que é noivo, que se casa, que faz os
proclames. É igual”, afirma a advogada Lourdes Buzzoni.
Especializada em direito homoafetivo, ela acredita que as
novas normas também igualam os procedimentos de divórcio, questão que ainda não
foi esclarecida pelo TJ. Apesar do avanço garantido pela decisão, a ausência de
uma lei que iguale o direito entre casais héteros e homoafetivos ainda pode
causar problemas. Nos demais estados, pessoas do mesmo sexo podem ter de
enfrentar processos judiciais para conseguirem oficializar suas uniões e
desuniões.
“Nós estados em um estado que já é permitido. Eu acredito que não vai haver problema para que se consiga o divórcio. Nos outros vai ser necessário entrar com processo. Mas isso nós teremos de ver na prática”, aponta Lourdes. “Uma lei federal taparia qualquer brecha. E valeria para todo país”, defende.
“Nós estados em um estado que já é permitido. Eu acredito que não vai haver problema para que se consiga o divórcio. Nos outros vai ser necessário entrar com processo. Mas isso nós teremos de ver na prática”, aponta Lourdes. “Uma lei federal taparia qualquer brecha. E valeria para todo país”, defende.
Com a adoção na norma que obriga todos os cartórios a
registrarem os casamentos, São Paulo entra para o seleto rol de estados que
garantem o direito a homossexuais. Alagoas, Bahia e, desde o último dia 14, o
Piauí já haviam criado regulamentos parecidos.
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