terça-feira, 18 de setembro de 2012

A origem de palavras e expressões



Tabu, preconceito, gay, lésbica, homofobia e metrossexual.


Uma das mais importantes contribuições para a derrubada de tabus e preconceitos é a disseminação do conhecimento.
Homofobia
Aversão, rejeição a homossexual e à homossexualidade.
Palavra formada a partir do grego: “homo”, igual, semelhante; “phobia”, medo, aversão, falta de tolerância, angústia.
A homofobia tem provocado muitas vítimas fatais e outras tantas perseguições, de toda ordem, fruto de intolerância descabida e irracional.
Homoafetivo
Neologismo já registrado nos dicionários de publicação recente. Termo criado pela ex-desembargadora Maria Berenice Dias. Ela foi pioneira no combate à homofobia e outras formas de discriminação humana. O trabalho da advogada ganhou projeção nacional e internacional e a nova palavra integra o vocabulário oficial.  Segundo o Dicionário Aurélio, 5ª edição, de 2010 - "homoafetivo (de hom(o) + afetivo). Adj.1.Que diz respeito à afetividade e à sexualidade entre pessoas do mesmo sexo. 2.Realizado entre pessoas do mesmo sexo * casamento homoafetivo. 3. Relativo ou pertencente a, ou próprio de duas pessoas do mesmo sexo que mantêm relação conjugal, ou que podem fazê-lo * direito homoafetivo".

O termo, portanto, guarda um sentido jurídico. Na mesma linha de raciocínio, surgiu o substantivo homoafetividade.
Gay

Indivíduo homossexual; que se destina a homossexual.
O termo já foi “abrasileirado”, em alguns dicionários, sob a grafia “guei”. Do inglês “gay” cujo significado original é simplesmente alegre, excitado, brilhoso. Atualmente, perdeu totalmente a relação com o sentido primitivo, referindo-se exclusivamente a homossexual. A palavra gay, na cultura brasileira, carrega menos preconceito, a meu ver, bem longe, inclusive, de tratamento ofensivo presente, por exemplo, em “fresco”, “marica”, “veado”, “pederasta”, entre outras denominações populares. Há ainda muitos tabus a serem vencidos.
Heterossexual
Que ou aquele que sente atração sexual ou mantém relação amorosa e sexual com pessoa do sexo oposto. Do grego “héteros”, outro, diferente, e sexo (do latim “sexus”).
Homossexual
Que ou aquele que sente atração sexual ou mantém relação amorosa ou sexual com pessoa do mesmo sexo. Do grego “homos”, semelhante, igual, e sexo (do latim “sexus”)
Lésbica
Mulher homossexual.
O termo é proveniente do latim “lesbius”, cujo sentido original referia-se somente aos habitantes da ilha grega de Lesbos, perto do litoral da Turquia. É conhecida também por Mitilene. Na Antiguidade, Lesbos foi um importante centro cultural, de efervescência intelectual, onde viveu a poeta Safos (625-586 a.C.). A artista era muio admirada pelos seus poemas sobre amor e beleza, em sua maioria, dirigidos às mulheres. Por esta razão, o relacionamento sexual entre mulheres passou a ser conhecido como lesbianismo ou safismo.
Até o século XIX, no entanto, a palavra não tinha o significado atual, mas simplesmente o de habitante de Lesbos. A homossexual era denominada “tribade”.
Metrossexual
Metrossexual é um neologismo que surgiu na última década do século passado, mediante a junção de metropolitano e sexual. Começou como uma gíria, no meio urbano, para designar o homem excessivamente preocupado com a aparência, aquele que ocupava quase todo o seu tempo em cuidar do corpo, empregado seu dinheiro em depilação, cosméticos, roupas da moda e carros do último lançamento. Coincide com a mudança de comportamento do sexo masculino. Tal como as mulheres, muitos homens passaram a frequentar os salões de beleza e abriu-se um novo mercado voltado para o público masculino voltado aos cuidados com o corpo.

Inicialmente, o termo carregava certo preconceito, principalmente de parte dos machistas, pois até então apenas alguns homossexuais se preocuapvam com tais questões. Atualmente, metrossexual representa homem de sucesso profissional associado com beleza do corpo, bom gosto, comportamento impecável na etiqueta, sintonia perfeita e constante com a moda, com os melhores restaurantes, com os últimos lançamentos de roupa, de carros, etc.
Preconceito
Termo formado pelo prefixo latino “pre”, o que vem antes, mais “conceptus” (“com”, que vem junto, na mesma direção, e o verbo “capio, capis, cepi, captum, capere”, agarrar, tomar, pegar, apoderar-se), ato de receber, ação de conter, germinação, fruto, feto, pensamento.

Aquilo que pensamos de antemão, sem julgamento minucioso dos fatos; opinião formada sem reflexão ou sem razão justificável, que obriga a certos atos ou que impede que eles sejam praticados; qualquer opinião ou sentimento, favorável ou não, concebido sem exame crítico; opinião, ideia ou sentimento desfavorável, formado “a priori”, sem maior conhecimento; atitude, sentimento ou parecer insensato, geralmente de natureza hostil, a partir da generalização apressada de uma experiência pessoal ou imposta pelo meio; estado de cegueira moral, de superstição.

Termos cognatos (da mesma raiz); aceitar, anticoncepcional, capacidade, captar, conceber, decepção, excepcional, percepção, receber, receita, recepção.
Tabu

Termo presente em vários idiomas. Na origem tonga, de “tapu”, língua bata falada em Moçambique, com o sentido de algo consagrado, destinado a um propósito especial; restrito ao uso de divindades, reis, chefes e proibido ao uso comum; proibido a um grupo social particular. No polinésio “tabu”, proibido, intocável. No inglês, ”taboo”, proibição de tocar, fazer ou dizer algo por medo de um castigo sobrenatural, tornar proibido ou privilégio apenas de alguns. No francês, “tabou”, interdição de ordem social, cultural e religiosa sobre a qual se evita falar por superstição, pudor ou crença.
. Termo adotado por Sigmund Freud (1856-1939) para referir-se à proibição de determinados atos contrários a padrões morais.
Em sentido amplo, proibição convencional imposta por tradição ou costume à prática de determinados atos, modos de vestir, temas, palavras, etc., tidos como impuros, e que não pode ser violada, sob pena de reprovação ou até perseguição social.  Há tabus alimentares, linguísticos, morais, etc.
Lobo em pele de cordeiro

Os lobos vivem e caçam em grupo, as alcateias, com até 40 membros. Juntos, eles conseguem perseguir e matar animais maiores que eles. O cordeiro é o filhote do carneiro até um ano de idade. No sentido figurado, cordeiro é a pessoa pacífica, pura, cândida, incapaz de fazer mal a alguém.

A expressão “lobo em pele de cordeiro” designa, simbolicamente, o indivíduo que finge ser inocente e inofensivo – como se fosse um cordeiro – para aproveitar-se e tirar vantagem dos desavisados, portando-se, então, como um lobo voraz e traiçoeiro. A expressão teria vindo de uma lenda da Grécia Antiga. De acordo com essa lenda, um lobo entrou num rebanho de ovelhas disfarçado, envolto numa pele de lã. Lá, saciou a sua fome, devorando várias ovelhas indefesas.

Pelo visto, há muito lobo por aí disfarçado de cordeiro. Olho atento e muito cuidado!

Ditado popular
Muda o lobo a pele, não o vezo.
Vezo (de vez) é vício, costume pejorativo; o que é repetido. O ditado manifesta o caráter reprovável de pessoas que aparentam atitudes dóceis e tolerantes, no entanto, internamente, guardam ódio, rancor. Outras fazem discurso favorável a novas ideias, todavia guardam o ranço de costumes ultrapassados, velhos preconceitos. Falam da boca para fora.  Internamente em nada mudaram. São lobos em pele de cordeiro, esperando o momento para atacar. Ditado equivalente: O hábito não faz o monge.
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