Projeto polêmico divide opiniões no Reino Unido
O governo da Grã-Bretanha se prepara para votar um projeto
de lei que legaliza o casamento homossexual. O primeiro-ministro David Cameron
expressou seu total apoio ao projeto, para desgosto dos conservadores e
religiosos que tentaram impedir sua aprovação.
O debate sobre o assunto aumentou após as declarações de
Aidan O’Neill, o especialista em direitos humanos do Conselho da Rainha. Ele
acredita que os professores e capelães que trabalham em hospitais ou prisões
serão afetados negativamente pela aprovação desse projeto de lei.
Por sua vez, Maria Miller, Secretária de Igualdades da Grã-Bretanha
, declarou recentemente que os professores e sacerdotes da Igreja da Inglaterra
não precisam se preocupar pois não
seriam forçados a ir contra suas
consciências ao tratar dessas questões.
Miller, contudo, disse
à Radio Four da BBC, que os professores poderão ensinar a seus alunos
sobre as diferentes posturas sobre o casamento gay, incluindo as religiosas,
mas precisarão ensinar sobre o assunto
“de forma equilibrada”, independentemente de suas crenças.
“Obviamente, não
esperamos que os professores sejam ofensivos ou demonstrem qualquer tipo de
discriminação em sala de aula, não importa o assunto”, acrescentou.
Contudo, o jornal inglês The Telegraph revelou os temores de
funcionários da Secretaria de Estado para a Educação. Eles confidenciaram ao
periódico que essa nova lei pode fazer com que os professores de escolas de
ensino fundamental sejam demitidos se não ensinarem sobre o casamento gay na
sala de aula.
Uma fonte que não quis se identificar garante que o assunto
está sendo discutido por pessoas ligadas a Michael Gove, secretário do Ministro
da Educação da Inglaterra. O caso pode acabar indo para o Tribunal Europeu dos
Direitos Humanos, em Estrasburgo, França, onde está localizado o Parlamento
Europeu.
“Tivemos
aconselhamento jurídico, o problema é que há essa incerteza inerente sobre
esses assuntos”, disse a fonte ao jornal. “É algo que acabará no controle de
nove pessoas em Estrasburgo. É algo incerto, pois a Inglaterra não está no
controle”, acrescentou a fonte.
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