quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Suspeito de assassinar travesti Raica é encontrado



Suspeita de Crime Passional

Na noite de ontem, foi apresentado na Divisão de Homicídios (DH) Gleyson Charles Araujo Barreiros Culaço, 23 anos, suspeito de ter assassinado o travesti de nome social Raica, 18 anos. O corpo foi encontrado na mata da Ceasa no último dia 28/10, um dia depois de ter sido brutalmente assassinada. 

Batizada como Emerson Moraes Cunha, Raica manteve um relacionamento estável com o suspeito por mais de três anos; some-se o fato de que a polícia teve acesso a uma imagem com Gleyson entrando num carro branco junto a vítima, às 19:46, na esquina da casa onde ela morava no bairro do Castanheira, o que foi determinante para que o juiz Pedro Sotero, da 1ª Vara de Inquéritos Policiais da comarca de Belém, decretasse sua prisão temporária.

 Bastante calmo, Gleyson, que é ex-servidor do Exército, afirmou estar sendo vítima de perseguição da polícia e dos familiares da vítima. “Eu namorei com ela por muito tempo. Mas depois que a gente se deixou, eu mantinha contato com ela raramente, quando ela precisava de algum dinheiro. A última vez que eu falei com ela foi no Círio”, defende-se. O álibi que ele apresenta é ter estado no teatro do SESC da doca na noite do crime. “Como eu posso estar em dois lugares ao mesmo tempo?”, ponderou.

Entretanto, o delgado Gilvandro Furtado, diretor da DH e presidente do inquérito, afirma que o vídeo em que ele aparece apresenta imagem bastante nítida de que se trata mesmo do suspeito, além do relato de uma testemunha que teria ouvido que ele poderia fazer algo assim. “Acreditamos em crime passional”, afirmou.

JUSTIÇA - “A sociedade já está acostumada a ler notícia em que ‘mais uma bicha morre’, por isso ficamos muito felizes em saber que um caso de homicídio cometido contra uma travesti foi solucionado tão rapidamente. É prova de que o trabalho do movimento social vem dando certo”, argumentou Symmy Larrat, membro do Grupo de Resistência de Travestis e Transexuais da Amazônia (GRETTA).

 Bruna Lorrane, representante da Coordenadoria Estadual de Proteção à Livre Orientação Sexual (CLOS), ligada à Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos do Pará (SEJUDH), avaliou que ações integradas do governo, como: a possibilidade de adoção de nome social, a carteirinha que travestis e transexuais, podem ajudar, aliadas à disponibilidade do disque denúncia, a que a sociedade aponte onde os direitos das pessoas estão sendo violados; representam uma culminância na possível solução desse caso em tempo recorde.


Fonte: Diário On line

Relembre o caso:

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1 comentários:

  1. Tão gostoso.. uma desperdício esse baita homem ser bandido.

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