SÃO PAULO - Ao mesmo tempo em que a comunidade LGBT comemora o crescimento no número de candidatos homossexuais nas eleições deste ano - de oito em 1996 para 155 em 2012, aumento de 1.900% -, um outro fator preocupa gays, lésbicas e transgêneros: o número de aliados (como chamam candidatos heteros simpáticos à causa) diminui a cada pleito.
Em 2008, mais de 200 candidatos heterossexuais assinaram o termo de compromisso da associação nacional LGBT, com diretrizes sobre os direitos da categoria. Nesse ano, apenas 43 se declararam dispostos a respeitar esses direitos.
- Enquanto os gays fazem com que a política saia do armário, os aliados estão cada vez mais enrustidos. É aquela coisa: 'você finge que não sabe e eu finjo que não sou´, alerta o presidente da associação, Toni Reis, para quem o fundamentalismo religioso tem ajudado a diminuir a defesa da causa por parte dos candidatos heteros.
Ainda que a comunidade festeje a evolução dos quadros de candidatos assumidos, o número ainda é ínfimo: em todo o país. o TSE registrou 83.707 pedidos de candidaturas. Os candidatos homossexuais representam uma parcela de 0,18% do total.
Atualmente, há uma candidatura (gay) ao cargo de prefeito de João Pessoa e 154 candidaturas a vereador em 24 dos 26 estados. Não há representantes apenas no Acre e Mato Grosso. No total, são 85 candidaturas de gays, 25 de lésbicas, 24 de transexuais, 16 de travestis, quatro de bissexuais e uma de drag queen.
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